Qual a diferença entre morar sozinho, sozinho mesmo, sem mais ninguém na casa, ou dividir o teto com uma ou mais pessoas que não sejam da família?
Quando sai da casa dos meus pais, tinha a total certeza - continuo tendo - de que queria morar sozinho, sozinho, sem mais ninguém, pois um dos principais motivos da mudança era justamente ter privacidade, e com mais alguém em casa, essa comodidade seria prejudicada.
Confesso que as vezes gostaria de ter alguém em casa, para dividir as contas e tarefas, mas principalmente para ter com quem conversar, mas ai penso no inverso, e quando eu não estivesse afim de conversar, acabaria obrigado a tal ato, ou me trancar no quarto, ou seja, voltaria ao tempo de quando estava na casa dos meus pais.
Essa semana, uma prima que morava em Araraquara se mudou pra cá, ela vai dar aula na Universidade Federal, e ela me pediu ajuda para achar um lugar para ela ficar, que fosse caminho da Universidade, etc. A princípio pensei em oferecer o outro quarto do meu apê, que está totalmente vazio, pelo menos até ela se ajeitar na cidade. Mas não fiz, não que eu não goste dela, mas que apesar de ser minha prima, o único contato que tive com ela foi via MSN e email, antes dela vir para cá procurar um lugar pra ficar, nem da cara dela eu lembrava, é uma total estranha para mim.
Não sei se fiz certo, mas o principal motivo para não oferecer abrigo foi que não queria perder minha privacidade, ainda mais com uma pessoa desconhecida. Acho que não conseguiria viver numa república só com pessoas que não conhecesse muito bem, ou estou ficando velho e com tantas manias, que não quero ninguém me enchendo o saco, acho que é isso.
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