quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

E ai, Zé!

Hoje em dia falar que temos amigos ficou complicado, afinal, temos amigos ou contatos no Facebook, MSN, Orkut, Twitter, etc.?

No meu MSN tem uns quarenta contatos, dos quais converso com dez, no máximo e isso raramente. Facebook mais 150, que troco poucas mensagens, vejo as fotos de uma viagem para Caldas Novas que minha tia fez e só. Orkut só mantenho porque, porque...nem sei mais.

Tem o Twitter, pouco mais de 20 pessoas me seguem, acho que não falo muita coisa interessante, ou meus amigos ainda não sabem o que é o Twitter, vai saber.

Ainda mantenho contato com alguns amigos de infância, alguns com mais freqüência, outros apenas no dia da eleição, pois eu era mesário e quase todo mundo vota na escolinha do bairro onde crescemos, e é sempre aquela coisa, a cada dois anos as mesmas perguntas, se casou, teve filhos, mudou de emprego, etc., nada muito chato, apenas repetitivo.

Apesar de até já ter sido convidado para ser candidato a vereador na época da faculdade - o que não fiz, afinal tenho o mínimo de vergonha na cara, hoje mantenho um ciclo pequeno de amigos, porém, amigos de verdade, uns oito da época da faculdade, de quem já fui padrinho de casamento, já transei com duas das meninas, e hoje são os primeiros a serem lembrados para um churrasco.

Tenho alguns amigos de boteco, que só os encontro com copos na mão, e esses só pra falar de futebol ou da gostosa da mesa ao lado, nada sério, mas que é bom tê-los. Tenho algumas amizades que nem sei direito de onde surgiram, algumas eu conservo, pois são pessoas que me fazem bem e sei que sentem o mesmo por mim.

Alguns amigos que moram na gringa e que por incrível que pareça, tenho mais contato do que com meu vizinho, que, aliás, nem sem o nome.

Não sei, são tantos números, tanta gente, será que é necessário todo esse contato, essa exposição, essas informações? Duvido. Dos meus melhores amigos, eu tenho o número do celular, quando dá saudades, e isso acontece sempre, disco meia dúzia de números e me lembro como é bom poder falar "E ai, zé!" e ouvir de volta "E ai, zé!", sem que nenhum dos dois tenha José no RG.

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